quarta-feira, 7 de maio de 2008

Há muito... muito tempo...

Pois é, depois de tanta energia a tentar erguer um blog decente fiquei sem cá por os pés por um ano...

A justificação é válida e fácil de explicar TUNA+VIAGENS+PARTY'S...

É tal e qual uma receita deliciosa e apetitosa, o problema são as consequências que isso trás. Mas não é das consequências que eu vou falar, é sim de todos os momentos e experiências que eu não esqueci e que se encaixaram no meu puzzle de boas recordações.

Capitulo 1

Tuna

Estamos a falar do dia 23 de Março, começa bem cedinho na católica com o encontro da UCP em Fátima... viagem e almoço bem regadinho como manda a praxe, de recordar aquele momento de confraternização com o pessoal de serviço social bebendo umas jolas comendo umas chouras enquanto decorria a missa. Depois não fugindo ao assunto principal, tive de me apresentar no IPV, para um festival da iniciativa da Tunadão. No final lá prás 2 da matina voltar para a minha almofada... Ás nove já estava no inatel para arrancar com destino a Vila Nova de Foz Côa. Chegados lá, fomos a uma tasquinha "matar o bicho" e afinar as garantas para o casamento que se seguia. Depois de uma pequena actuação no adro da igreja e de bués cds vendidos fomos ao tacho num restaurante lá perto. Arrozinho de espigos, boas febras grelhadas e uma pinga de estálo foi a ementa e com muita praxe á mistura já que aquele era o dia de subida de faixa de alguns tunos.
Daí partimos para Braga, para o II Magna Augusta acompanhados por "generoso do porto". Eram para aí 8 horas quando lá chegamos. Jantar numa disco/bar transformada em restaurante de tunas e logo a abrir para o auditório, depois da actuação (resta-me dar os parabens á Templária de Tomar e á Copituna), do prémio de melhor instrumental e das várias serenatas que cantamos, partimos para o centro da cidade para realizar a tão esperada cerimónia... protocolos e rituais á parte, lá acabamos aquilo eram umas 6 da manha. Como era cedo decidimos ainda ir para noite, numa discoteca aberta para as tunas. Sempre a bombar, com a pedalada toda, saímos de lá ás 8 horas com o pessoal da “disco” a fechar a porta. Arrancamos então "com o sol a dourar o meu caminho" numa dura caminhada em direção ao hotel. Depois pit-stop na cama, seguiu-se um bom repasto que bem merecíamos.
Logo chegou a hora de voltar para Viseu no nosso autocarro com a bagagem cheia de sono e momentos porreiros.
Deixo aqui um obrigado ás nossas queridas guias, em especial á Diana que gramaram conosco toda a noite, madrugada e respectiva manha.
Ultimamente, tirando a actuação na semana académica de Viseu, tem sido muito difícil conjugar a os estudos com a tuna, e com um grande mágoa que eu fico quando vem mais um festival e eu não posso ir… á parte disso, um grande abraço para todo o pessoal que pertence ou que apenas gosta do mundo das tunas e em especial aos grandes amigos do Real Túnel Académico de Viseu.

Capitulo 2

Vida Académica

Estas últimas semanas foram bastante atarefadas... apesar do que as pessoas vêm de fora, quer o magno, quer a associação trabalham e tentam fazer o que podem apesar das suas limitações.

Desde algumas actividades relacionadas com praxe, realizadas na semana anterior á semana académica, do encontro nacional da Universidade Católica Portuguesa em fatima, até ás reuniões consecutivas para decidir quem trajava ou não, foram ás vezes dias bem chatos que passei. Mas lá arrancou a semana académica no dia 22 Abril com a missa dos finalistas, num tarde quentinha, e eu que devia estar a dar apoio, fui orar para o obviamente e bica da sé entre carlsbergs e super bocks. Acabada a missa surgiu outra questão: "onde é que vou jantar com a minha afilhada?" (beijoca para ti), lá me disseram que não havia restaurantes abertos na cidade... depois de um diálogo com ela lá fui jantar com o pessoal de MD. Italpiza, parecia-me bem até porque tínhamos cerveja á pala... praxe e mais praxe, gritos académicos e muita cerveja foi o caracterizou esse jantar (um abraço para o pessoal que lá esteve). De lá parti para a Santa Cristina para ir traçar a capa á minha afilhada.
Surpresa a minha, tive de ser baptizado pelo magno com um garrafa de sangria pela cabeça abaixo. Depois de algumas figuras tristes e saídas más que tive lá subimos até á sé para ouvir a serenata monumental. Quem diria que á 4 anos um puto que curtia punk rock, house, techno, e por ai a fora, iria estar a ver uma serenata entoando baixinho as canções ou então pertenceria a uma tuna… o destino somos nós que o fazemos!
Depois lá fomos “picar o ponto” ao pavilhão e cantar os Jardins Proibidos do Paulo “Ganza”.
O dia seguinte, encontro de tunas, foi marcado pelo Real Túnel e pela ida a palco… é um nervoso miudinho antes de subir lá para cima mas depois de embalados aquilo passa. Achei piada foi á claque de apoio formada por algumas caloiras de dentária entre as quais a minha afilhada que estava já bem “animada” (estou farto de lhe dizer para não seguir o exemplo do padrinho, mas ela insiste e é uma desgraça…).
Chegou-se então a terça-feira, desfile, carros e bué cerveja. Eu cá este ano disse que não iria ajudar no fabrico do carro do nosso curso, mas não me importava de tratar do som. Mais uma vez lá instalamos o nosso sistema de uma coluna em dolbi-sorround ligado ao meu pc e eram para aí umas 2 e 30, 3 horas quando arrancou o desfile. Para aparvalhar a cena levei o meu chapéu da Rússia, made in Berlim (o qual um colega meu fez o favor de o levar pra casa), t-shirt de arq e toca a passar Blasted Mechanism, Karkov, etc., Bob Sinclair, Carl Cox, Pete da Zouk, Dartacão, Quim Barreiros, Toni Carreira e por aí a fora. Objectivo, animar a malta; sucesso completo, apesar dos gostos musicais tão antagónicos. Depois de destruir o carro no recinto da feira, era tempo de ir fazer uma passagem por Lustosa para recarregar baterias, mas logo de seguida voltar para Viseu para a noite pimba.
José Malhoa e o Diapasão não deixaram ficar mal o arraial que se formou no pavilhão. Festa de arromba de tal maneira que a quarta-feira foi passada em casa a recuperar, só voltei á carga na quinta. Depois de ter perdido os Blasted Mechanism, os Da Weasel e Sam “o cachopo” prometiam uma noite sempre a curtir… e assim foi “ belos dias na descontra, o bilhete é só de ida, não regresso no carrosel…”. Eram 6 e meia quando saí do pavilhão, ainda bastante sóbrio e pronto para arrancar para Tomar ás 8 e 15 de Mangualde. Lá me encontrei com o pessoal da minha turma e lá me fiz á viagem, uns mais acordados do que outros. Chegados a Tomar, tínhamos a espera de um prima de uma colega nossa, ela vai ter um papel muito importante na minha historia da visita a Tomar. Lá seguimos para o convento para deixarmos as coisas nos nossos quartos.

Capitulo III

Viagens

Uma das coisas que o curso de arquitectura tem de bom é o facto de sermos obrigados a estar constantemente a conhecer coisas novas, a viajar. Desde visitas no território portugues a viagens ao estrangeiro, este ano decidiu-se ir a Berlim.
Primeiro começou com confusão dos bilhetes, tirados em cima da hora e bem caros, já não havia para mais de 16. Lá se arranjou maneira de enviar o pessoal de arq em dois dias separados… o meu calhou no primeiro dia 29 de Março. Lá arrancamos de autocarro cedinho para Lisboa, era a minha primeira vez que voava e o pessoal estava com bastantes expectativas em relação ao que íamos encontrar. La arrancamos da portela com destino a Tegel na cidade germânica com escala em Zurique. Tirando o facto de me apaixonar por uma hospedeira da swis air a viagem até correu bem.
Chegados ao destino eram umas 8 da noite, muitos cansados foram para o hostel enquanto eu e mais dois colegas ficamos no aeroporto ainda á espera de uma colega nossa… longa espera de 3 horas mas lá seguimos para o hostel.
O hostel H&O era na Koppernicker Strasse (nome que causava muita confusão ao ponto de alguns colegas meus serem levados pelo taxista para o outro lado da cidade apenas por causa da má pronuncia… enfim pagaram um balúrdio) tinha até bom aspecto e a localização não era muito má. O que me surpreendeu mais foi a concentração de “pitas” loiras por m2…
A primeira noite foi passada entre o bar e a mesa de bilhar acompanhados por algumas warsteiners.
Depois do descanso merecido ás 9 da matina já estávamos a passear pela cidade.
Berlim… a sua dimensão foi uma das coisas que mais me chamou á atenção, mas também fiquei surpreendido com a capacidade de regeneração de uma cidade completamente destruída pela guerra. Nesse dia o centro das atracões foi o Pergamon Museum, desde a arte persa, ás porta da cidade da Babilónia, á escultura helénica foi uma viagem ao passado com encontros com peças de arte que havíamos estudado mas nunca presenciado ao vivo. Ainda fizemos uma visita ao busto da Nefertiti e á exposição de arte Egípcia. Este dia foi como que bater o terreno para os próximos dias.
A minha noite terminou depois de uma conversa, na recepção do hostel, até ás 6 horas, com uma alemã muito simpática, de nome Jenny, e com as sua amigas que se iam embora do nosso hostel ás 9 da manha. Mas não é nada que eu já não estou habituado a ser o último a deitar-me… (fanfarrão).
No dia seguinte já com o resto do grupo partimos para visitar o Reichestag e a sua cúpula projectada pelo Norman Foster. Depois de uma longa espera lá subimos ao centro das atenções. A cúpula destacava-se pela sua linguagem contemporânea em confronto com um edifício de cariz neoclássico. É um trabalho fascinante de tecnologia e arquitectura, para além de fornecer luz filtrada e ventilação ao parlamento, o edifício á equipado ao longo da cobertura painéis de captação de luz solar.
Acabada a visita lá fomos “almoçar”, salsichas alemãs… bem não era o manjar dos deuses, mas á que se experimentar de tudo.
Durante essa tarde ainda fomos ao Sony Center, a memória das máquinas digitais já estava a acabar… e lá para o final da tarde fomos encontrar um espaço que trouxe uma nova e mais clara perspectiva do que foi a 2ª Guerra Mundial, a “topografia do terror”.
Era uma faixa de pequenas construções degradadas ao longo de um grande torço do muro de Berlim que albergava uma exposição contínua, com registros sonoros, fotográficos e escritos que explicavam todas as fases da guerra bem como as personagens que não conhecia mas que desempenharam um papel importantíssimo. Penso que ainda está previsto um projecto do Peter Zumthor para aquele local.
Já a terminar o dia ainda demos um saltinho ao “Checkpoint Charlie” para ir apanhar o metro.
Nessa noite depois de um jantarzinho num restaurante italiano servido por uma “piu bella ragazza”, lá fomos testar a noite de Berlim. “Testar”, acho que é a palavra correcta porque tirando um bar mais interessante que encontra-mos a noite de Berlim foi um decepção… tudo fechado quando queríamos entrar e onde conseguimos ir, a uma tal de H2O, quer o pessoal quer a musica “não estavam lá”. Quem ficou a ganhar foram os taxistas…
Dia seguinte, 1 de Abril, o dia começou com o “Bonjour Tristeze”, ou seja, bom dia tristeza. Parece mentira mas não… é verdade, começamos por ir visitar um edifício de habitação de baixo custo… vá social, da autoria do nosso conhecido Siza Vieira, o qual deu-lhe um nome, que esta inscrito na fachada, muito sugestivo… Para além dos atrasos normais do pessoal a sair do hostel (“mea culpa”) e do tempo demorado em torno de um único edifício lá fomos almoçar perto do Checkpoint Charlie e da zona que fomos visitar de tarde. A maior parte dos meus colegas estava assim um bocadito para o desapontado como os parâmetros em que a visita decorria e furioso com um velhote grego, dono do restaurante onde almoçamos, o qual depois de estarmos a conversar da sua vida e de Berlim, apresenta-me uma conta de 17 euros por um bife e uma cerveja… (tas aqui, ó grego!).
Depois de alguns edifícios do Aldo Rossi, da Zaha Adid, a maior atracção da tarde foi o Museu dos Judeus do Daniel Libeskind. A primeira impressão do exterior era de um edifício proporcionalmente interessante mas muito fechado em si mesmo. Mas á media que iniciámos a visita, deparamo-nos com um complexo e confuso trajecto por salas e espaços associados á cultura judia, carregados de simbolismo. Para mim, houve três espaços que ficaram na retina: o “Void” e as suas caras de metal a tilintar; o jardim de betão e aço; e finalmente a torre do holocausto com o silêncio e o ambiente de introspecção associado á luz filtrada proveniente do rasgo no tecto. Em suma o museu procuranos fazer perder por uma longa e confusa exposição, mas por outro lado sobressaem um conjunto de espaços muito bem pensados e com uma carga emocional á qual ninguém fica indiferente.
Terminada a visita e chegados ao hotel a malta tava com aquele espírito de sempre… a querer ir xonar. Lá fui eu e outro colega jantar, já que nos tínhamos atrasado em relação ao grupo principal, em boa hora nos atrasamos… fomos percorrendo a Koppernicker Strasse e por acaso reparamos num sítio que nos parecia castiço, Oriental Deluxe. O nome não diz tudo, era tipo um bar mas com uma decoração oriental, com uma tenda ao fundo com um narguilé e várias mesinhas rodeadas de sofás com grandes e confortáveis almofadas. O atendimento também não ficava atrás, “Dani”, uma búlgara, estudante de moda em Berlim e tinha tão de gira quanto de simpática. O jantar foi algo parecido com grelhados, arroz cuscuz e feijão a acompanhar. Mas para a além da comida exótica, o espaço tinha algo de singular, tinha uma mística especial. Ficamos os três na cavaqueira até ela fechar o bar, sem antes nos oferecer um “shot”. Foi o início da viragem da visita a Berlim…
No dia seguinte estávamos decididos, um grupo de 7 rapazes, a partir nós próprios por Berlim a fora. Foi então que se teve a ideia de ir alugar umas bikes, sem problemas de pagar táxis, metro, estar á espera do pessoal, andar a pé e fazer longas distancias confortavelmente e a ver a cidade á medida que pedalamos. Parecia-me bem!
Assim se formou os “Biker Boy’s de Berlim”, sem duvida que foram os melhores dias da visita… Arrancando do Checkpoint Charlie, avançamos para as portas de Brandenburg, onde demos uma olha no edifício bancário do Arq. F. Gary, e avenida respectiva em direcção á Filarmónica. Após algumas brincadeiras em torno do Museu Mies Van Der Rohe, tivemos uma grande surpresa, deixaram-nos assistir ao ensaio de uma orquestra, dentro da Filármonica do Arq. Sharon. É um espaço fantástico com uma acústica dos diabos.
Depois de sair do camarote VIP, no final do concerto privado, seguimos para uma das zonas mais dinâmicas e mais caras da cidade. Era a zona das lojas internacionais, shopings e grandes stands de carros, Ferrari, BMW, Porche, etc.. Enquanto alguns colegas meus foram visitar o museu “History of Berlin” eu dei uma voltinha por lá para arranjar uns “recuerdos”…
Daquela zona partimos para um outro local de proliferação de arquitectura de qualidade, que partira de um plano conjunto entre cerca de 30 arquitectos, entre os quais se destcam Nyemeyer, Alvar Alto, Walter Gropius, Bakdessari. A intervenção de cada um traduz-se na construção de um bloco de habitação respectivo. È um local interessante de confronto de alguns Golias da arquitectura internacional e tambem de descoberta de outros Davides locais, isto é, germânicos, igualmente com qualidade inquestionável.
Chegado o fim do dia “diurno” decidimos voltar para o hostel, mas com a promessa que regressaríamos no dia seguinte para uma observação mais cuidada. Antes ainda fizemos um pit-stop no Reichestag, para admira-lo á noite, tiques de arquitecto…
Mais tarde ao jantar, optamos por restaurante italiano, perto e barato, com umas massas muito porreiras por sinal. Sem grandes loucuras, lá acabamos a noite na pousada, mas… tinha de haver três malucos a querem ir ainda dar uma volta ás 2 da madrugada pela cidade. Eu como nem alinho nessas coisas lá segui com eles a precorrer as ruas desertas, andando de bike dentro de estações de metro, pelas praças despidas de gente, em contra-mão nas estradas, muita malucos… O problema foi voltar, quando demos por nós já não sabíamos muito bem onde estávamos. Entre os três só um a que estava ainda sóbrio, mas depois de uma hora para encontrar a pousada lá nos fomos deitar ás 5 da manha.
O dia seguinte começou a pedalar, mais uma vez, renovar o aluguer das bicicletas e tomar um cafezinho com natas para dar energia para mais um dia puxadote.
Voltamos então á urbanização dos arquitectos que referi do dia anterior. Voltamos mais uma vez ao mac’donalds e fomos ás compras mais uma vez. Mas no final desta voltinha ás compras começou a chover e decidimos ir entregar as bikes, indo pelo metro, só que foi uma aventura do carago. Primeiro entramos no metro com bilhetes simples que não davam para trocar de linha (que tínhamos de mudar 3 vezes), depois de andarmos a fugir ao pica de bikes na mão, em carruagens onde não podíamos leva-las, ficamos dentro de uma carruagem de onde toda a gente saiu e apenas ficanos nos os três portugueses, sem perceber porque as pessoas dizam do lado de fora e acenavam para sair-mos. O metro a arranca e fomos para a uma zona de manutenção de carruagens… sem bilhetes correctos, de bike e sem perceber o que tava a acontecer. Lá explicamos ao maquinista a nossa situação e ele voltou a deixar-nos de propósito na estação de onde partimos. Apesar deste contratempo que deu para a o susto, a noite ainda nos traria algumas surpresas…
Tínhamos falado a Dani, e prometido que iríamos trazer o pessoal (isto é, um grupo maior, porque nunca dava para agradar a gregos e troianos) e jantar onde ela trabalhava. Mas nesse dia ela não estava a trabalhar no oriental deluxe mas sim no “Al Hamra”, um bar, café. Lá fomos todos ao ponto de encontro (embora fossemos cinco dois estavam no lado da cidade, outros dois noutro ponto e eu na pousada). Depois de um aquecimento de budweiser’s e de uma curiosa indecisão do que devíamos jantar (ementa em alemão e as empregadas, muita giras, a tentarem explicar cada ingrediente…), lá aceita-mos a sugestão das empregadas de escolherem por nós, aleatoriamente o que deveríamos comer. Foi curioso porque de entre os vários pratos exóticos que nos apresentaram o meu foi o que se pode chamar em Portugal de chanfana de borrego, que me levou a explicar a empregada a semelhança dos pratos. A meio deste saboroso e curioso jantar umas das empregadas em conversa com um colega meu, a propósito da nossa visita a Berlim e do bom tempo que encontramos disse uma das frases da noite: “When the angels travel the weather smilles for they”, lindo… No final do jantar, mais um narguilé de morango para sobremesa…
Mas o melhor da noite estava guardado para depois… Onde é que devíamos ir a seguir? Hard Rock Café Berlim! Excelente sugestão, já que nesse dia, terça-feira dia 3 de Abril, havia caraoke no bar. Grandes vozes passaram pelo palco enquanto íamos degustando uma cervejinha, e um dos meus colegas ia desesperando por se ter inscrito tambem para cantar e por um lado nunca mais chegar a vez dele e por outro ficar cada vez mais intimidado pela qualidade de alguns concorrentes… O certo foi que a vez dele não chegou porque o Hard Rock fechou eram umas 3 da matina, mas quando saímos ficamos a conhecer uma das personagens mais curiosas que encontramos em Berlim. De nome Jimmy Jato, cantor, compositor e dono de uma editora de música R&B e jazz, era um tipo bastante simpático e com uma ideologia bem peculiar. Depois das apresentações da praxe ao nosso grupo e de explicarmos a nossa vinda a Berlim, ele sai-se com uma expressão a propósito de aproveitar a noite e as mulheres em particular: “fuck the dumb girls” e a conversa por volta deste assunto continuou por aí adiante até termos de bazar para fazer as malas e partir para o voo ás 6 e 30.
Chegados ao hostel demos com a malta toda a dormir ainda e sem perder tempo armamos logo barraca a fazer barulho. Lá seguimos para o aeroporto de Teguel um mais apressa outros nas calmas, mais a maior parte a desejar ficar mais uns dias numa cidade onde muito ficou ver…
(Ps: quando cheguei a Lisboa dei logo conta que estava em Portugal, por uma corrida de táxi da portela até sete rios paguei 18 euros enquanto os meus colegas que chegaram a seguir pagaram 8 euros, á Portugal mais lindo!!!)

1 comentário:

joana simões disse...

Olá miúdo!
Olha, fiz como me pediste, li como sendo de há um ano atrás e não como sendo do Filipe que me deste e dás a conhecer todos os dias e em todos os momentos! Assim sendo, entendo e compreendo perfeitamente por que é que essa tua antiga vida era tão alucinante e tão aliciante!Acho optimo que essas maravilhosas recordações e vivências sejam parte integrante da tua pessoa, mas gosto muito de ti, nomeadamente quando tentas ganhar paciência para reconstruires o que perdeste... És um lutador e por isso es muito especial!!!disso, não te podes esquecer nunca, senão não sabes o vales! Pessoalmente, dir-te-ei o que acho de todos os detalhes de todo o texto e dessas vivências!
Mas uma coisa podes ter a certeza, a vida real também pode ser muito estimulante e alucinante, desde que a saibas viver!!

beijo grande*